22 de dezembro de 2011

Platão, me larga de mão!


Era um dia como outro qualquer. O relógio marcava 17h45min e eu me apressava para ir a uma festa num apartamento de uma amiga. Na verdade, ninguém naquela festa sequer sonhava que eu iria aparecer, talvez por isso meu estomago embrulhava em ansiedade e meu coração palpitava de emoção. Eu queria mesmo fazer uma surpresa para alguém em especial, alguém que era a justificativa que a medicina não explicou: minhas mãos geladas, a arritmia, os 10 suspiros por minuto. Então eu entrei naquele elevador, desci o prédio e fui até o outro bloco. Um travo nas pernas e um gosto meio amargo em minha boca denunciavam todo meu medo. Não sabia como seria recebida, não podia vislumbrar uma imagem concreta do que podia acontecer. Mas estava já ali, à porta daquele AP, numa outra cidade. “Oiiiiiiii menina! É mesmo você? Não acredito!” disse minha amiga, a dona do AP, a meu ver ali. Do lado de dentro, uma galera super animada numa roda de violão, tomando vinho e logo à frente, numa displicência costumeira, a pessoa dos meus sonhos, deitada no chão, rodeada de almofadas coloridas, parecia nem estar ali, nem sequer notou que tinha alguém à porta. Mas eu entrei e me aproximei, pude ver aqueles olhos lindos sorrindo pra mim, felizes em me ver e fui envolvida num abraço que eu queria que não tivesse mais fim. Nossos corações pareciam cadenciados numa batida frenética, e nossa respiração ia ganhando o mesmo ritmo. Foi mesmo uma explosão. Então, ouvi baixinho em meu ouvido “por que a gente não sai daqui e começa a viver logo tudo que a gente ta esperando há tanto tempo?”. Sabe o que aconteceu depois disso? Eu acordei! Foi só um sonho...

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Metendo o bedelho onde foi chamado.