29 de agosto de 2011

Folha em branco

Não tenho nada a te acrescentar, eu não queria te manchar com minhas lamentações vãs, tirar tua brancura e pureza contando meus ais, tão iguais, tão banais, tão clichês. Mas as obviedades dessa minha vida rabiscada contrastam com teu branco ainda subsistente, superior, de quem ainda tem muito a dar, e me incomodam. Vem-me essa súbita vontade de fazer riscos agressivos em tua maciez, te provocar estigmas irreparáveis, não permitir que me apagues os traços, o suor de minhas mãos passando por tua superfície, minhas confissões disfarçadas em palavras jogadas ao vento.

1 comentários:

Ju Carvalho disse...

As palavras nunca são em vão minha amiga.

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Metendo o bedelho onde foi chamado.