6 de fevereiro de 2010

Tempos de Lan

Eu chegava com meus disquetes prontos para salvar as bobagens que eu considerava verdadeiros tesouros. Enquanto acessava meu MSN, ia no adorando.com para poder ouvir as musicas ate então desconhecidas dos “adoradores” até então anônimos, ou quase isso. Lá estavam Fred Arrais, Heloisa Rosa e a galera do Clamor pelas nações. Como tudo aquilo ardia em meu coração! No tempo da paixonite por um certo Antônio, isso me abastecia e me fazia pensar que a vida era perfeita, embora Antonio não se encaixasse no perfil cristão àquele tempo adequado a um relacionamento comigo. E eu corria entre sites difusos e avessos, tanto quanto a fase que eu atravessava. Mistura de fanatismo adolescente com faíscas de um fogo espiritual que mais tarde iria se acender de uma forma que eu não saberia controlar. E a paixonite ficou pra trás quando esse fogo se acendeu. Ela foi consumida por um fogo bem maior e muito mais inflamável. Mas paixões sempre são perigosas. Elas distorcem muito a realidade das coisas, e foi assim, que depois de queimar virei cinzas. As decepções acabaram por jogar água no fogo consumidor e eu virei pó e lama. “O amor jamais acaba”, Cristo disse. Mas as vezes me sinto suja, me sinto indigna, me sinto nada, me sinto sobra de algo que um dia prestou. E isso aqui não é um relato de uma vida, é um clamor desesperado por uma identidade perdida. Chego ao ponto final desse texto achando que falei o que não devia.

3 comentários:

Barbarella disse...

'Ela foi consumida por um fogo bem maior e muito mais inflamável. Mas paixões sempre são perigosas. Elas distorcem muito a realidade das coisas, e foi assim, que depois de queimar virei cinzas.'

Tão certo que faz rir 'como não pensei nisso?'

Marizé Vieira disse...

É aqui que a gente descobre certas verdades...

Tuka disse...

Não entendi, Marizé.

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Metendo o bedelho onde foi chamado.