12 de março de 2012

Vamos fazer um filme?

E se eu disser que não tenho medo, é certo que minto. Há aquele costumeiro embrulho no estomago, amante dos corações covardes, queimando-me por dentro e trazendo um gosto travoso à minha boca enquanto penso. E eu penso muito, sabe? Nunca perdi essa mania de refletir, tentar ver além, imaginar, criar cenas subseqüentes em minha cabeça, cenas sem roteiro definido, ou que talvez, eu não saiba fechá-las com sentido.

Então meu bem, vamos fazer um filme? O cenário pode ser aquelas quatro paredes verdes, um teclado no canto esquerdo , logo que adentramos ao “set”. Um violão (ou dois) dispostos lado a lado, como que simbolizando a união de dois corpos desenhados na mesma fôrma, um sofá, defronte a uma TV onde pararemos sempre aos fins de tarde para conversarmos sobre o nosso dia, que quase sempre, terá sido cansativo, enfadonho, estafante. Até o momento em que, deitadas ali, o balanço final ganhará aquele direito ao suspiro dos aliviados, o “ufa” sagrado de quem encontrou paz em meio ao caos cotidiano.

E o tempo, só para não nos deixar cair no marasmo dos filmes chatos, irá correr, sempre implacável, só pra gente aprender a valorizar cada segundo do nosso filme, que pode sim, ter um final feliz.

"Eu encontrei-a e quis duvidar, tanto clichê, deve não ser..."

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Metendo o bedelho onde foi chamado.