30 de dezembro de 2011

2007.1 e meio


Na dúvida se ia esquecer ou não de algo resolvi escrever tudo que pensei em falar para vocês, sei que pode parecer piegas e que corro o risco de não lembrar de tudo o que aconteceu nestes quatro anos. Direi então o que não quero esquecer... das vezes que entramos dentro do carro com o Mário e saímos pelas ruas da cidade sorrindo, conversando, procurando um lugar que nos coubesse, que suportasse o nosso gerúndio tão visível.

A água de coco parecia uma fonte a jorrar, enquanto havia tantas histórias a serem contadas ali perto do vendedor um “velho chato e reclamão”. O por do sol não era o mesmo, tinha o brilho do nosso sorriso, de lágrimas, e do sentimento de que aquele momento durasse mais, muito mais. E por isso, registramos tudo com a digital. É porque somos egoístas, queremos tudo só para nós.

Ah! E se pudéssemos ter guardado os nossos pensamentos?! Veríamos quantas vezes nos magoamos, porque esquecemos uma data de aniversário; chegamos atrasados a um compromisso (ou não aparecemos nem ligamos avisando); não entramos no msn na hora combinada para fazer os últimos acertos do trabalho que seria entregue no dia seguinte. Ufa! Como crianças fomos aprendendo com a repetição.

Gente, também não quero esquecer-me das viagens que juntos fizemos, do ônibus lotado ao som dos mais variados ritmos. E da chegada ao nosso destino que só acontecia quando voltávamos para as nossas casas. Foi tudo tão intenso!!! Alguém sempre se separava do grupo, se “emburrava”, se perdia pela lagoa. Alguém sempre chegava depois da meia noite pedindo 10 emprestado para pagar um táxi... Alguém sempre vacilava e perdia dinheiro ou sofria o infortúnio de ser assaltado ou roubado. Acontece.

Tudo valeu muito: as visitas às aldeias, à CCPJ, ao hospital infantil, à vila João XXIII e tantos outros lugares. Em nossa cidade fomos aos quatro, cinco, seis... cantos. Na capital deixamos nosso rastro, nossos colchões na casa dos que nos hospedaram, também deixamos restos de pizza em apartamentos alugados... alagados (ninguém percebeu mas a torneira ficou aberta).

No Brasil fomos de norte a sul, leste a oeste divulgando ideias, pensamentos por meio de artigos, resultados de pesquisas. Tudo começou no cemitério, “tério-tério-tério”. Um paradoxo? Talvez! Começamos pela morte e descobrimos tanta (s) vida(s). Descobrimos nós mesmos, túmulos e jazigos de entes queridos.

Parecia que já tínhamos ido longe demais. Mas, alguns resolveram voar para mais longe das fronteiras para respirar novos ares. Enquanto escrevo penso que minhas palavras não lhes são alheias. Seria esta uma conversa cheia de piadas internas? Eu heim, que grupo fechado! Mas claro, circuito aberto a luz não acende. E luz é essencial! Brilhemos sempre!

Vocês marcaram demais a minha vida e por isso quero agradecer por terem permitido que eu estivesse ao lado de vocês em momentos tão importantes de suas vidas. Momentos que celebravam a vida, outros que delas se despediam. Momentos de festa, de véu e grinalda, de noivo esporado, de noiva que não se atrasou. Momentos de braço quebrado, pé engessado. Momentos de sorvetes e pizzas, almoços, de chás e cafés, casa nova, vidas novas!

Foram tantas histórias em comum! Também quero pedir perdão. Porém quero culpá-los por terem me feito amar tanto cada um de vocês. Amigos que Deus os guarde e os livrem do mal, amém!



Por Leide Oliveira, dedicada à toda a turma de comunicação social 2007.1 e agregados.

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Metendo o bedelho onde foi chamado.