1 de agosto de 2011

Do que sobrou

Essa noite eu orei. Orei como há muito tempo não fazia, orei de joelhos, chorando e clamando a Deus o beneficio do esquecimento. O dia nasceu e eu continuo lembrando, mas as lembranças agora são amargas, se assemelham a um filme triste que eu assisti por displicência no momento contratual. Eu quero esquecer o dia em que, naquele fim de tarde você sentou ao meu lado, e suas mãos tocaram as minhas por debaixo da mesa de um bar. Eu quero esquecer as inúmeras conversas virtuais, as tentativas loucas pelo primeiro beijo, os outros tantos beijos que vieram, os encontros casuais, programados, perigosos... É tudo que sobrou em mim, essa imensa vontade de esquecer. Hoje é dia 1, à gosto de quem quer e precisa recomeçar.


"Emoldurei o fim por vir, polaroid pra registrar. Revejo assim o que não vi, retrato que ainda não há... Recordar o que sobrou, meu sub exposto olhar"

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Metendo o bedelho onde foi chamado.