27 de junho de 2011

Das marcas

Vai ficar tudo bem, você me disse. Eu sempre quero acreditar nisso, mas as coisas estão muito embaralhadas dentro de mim. Já se passaram nove meses, então tenho que aceitar que chegou a hora de “dar a luz”, de trazer à luz tudo que estava oculto, tudo que era escuridão. Ei moça, você está preparada pra isso? Você perguntou, me deixando nervosa. Eu não sei de nada, sabe? Só sei que não desprezo tudo o que vivi, e não rejeito o que pode vir de hoje em diante. Eu quero dormir um sono de paz, eu quero acordar com uma razão maior que simplesmente aumentar meus dias na terra. Eu precisava demais de sua sinceridade, mas ela me cortou como uma lâmina afiada, e sabe de uma coisa? Essa dor ninguém me tira. Vou amaciá-la até que vire uma marca, uma cicatriz que terá um nome: o seu.

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Metendo o bedelho onde foi chamado.