23 de novembro de 2010

Da imaginação fértil

Ela não é daqui. Quando criança passava horas de olhos fitos no céu estrelado esperando ver naves de extraterrestres e sinais do além. Queria ser abduzida! Ora, o mundo em que vivia não lhe era tão atrativo quanto aquele dos filmes de ficção cientifica ou contos de fadas que assistia excessivamente. Ela queria ser tele transportada! Comia no quintal em cima de um tijolinho quebrado, vivia com torcicolo. A mãe achava tudo muito fantasioso, mas não lhe cortava as asas. Ela voava... Seus pensamentos por vezes eram tão altos que todos riam e a achavam meio maluquinha. Mas era adorada... Todos queriam estar perto dela, roubar um pouco da sua imaginação fértil e sua coragem. Depois de cansar de esperar Et’s passou a supor que via e falava com mortos. Pronto! Seu sonho agora era ir a uma sessão num centro espirita. A mãe, dessa vez assustou. “Menina, deixa de historia, não brinque com essas coisas”. Ela então cultivou sua curiosidade a sós, e desde então, já de asas podadas, passou a esconder os devaneios de sua mente, ela não quer mais assustar ninguém, muito menos, ser adorada.

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Metendo o bedelho onde foi chamado.