9 de abril de 2011

Dos geografismos nossos

Não me olhe assim, como quem descobriu meus segredos todos e sabe como penetrar no mais profundo de mim. Já não quero mais andar perdida, já não conheço as coordenadas de meu próprio coração. Então não me iluda, já faz tempo que deixei de acreditar em Humboldt, com seu determinismo fajuto, e as tais linhas isóbatas. É que no fundo eu sei, em mim você poderia mergulhar, em ti, mal cobriria meus pés. Mas eu insisto em acreditar nas isóclinas linhas magnéticas, talvez por uma vontade incontrolável de te atrair, grudar você, que parece ser mesmo de aço. Utopia degradante, quem sabe você se apega? Persisto queimando a temperaturas equatoriais, enquanto você não sai dos trópicos frios... Distante, muito distante de mim.

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Metendo o bedelho onde foi chamado.