18 de dezembro de 2010

Das aparências

Ela fingia gostar do que sempre detestou. Também forjava ódio pelo que sempre desejou. A menina se tornou mulher, amadureceu as dúvidas e assim, permanece uma criança tola. Quem a vê, supõe que seja forte, corajosa, decidida, mas tudo não passa de aparência. Essencialmente ela é frágil, gosta de surpresas, amigos na mesa, festas, casamentos, crianças, e sim, já sonhou tê-las um dia. O tempo tratou de amputar alguns de seus maiores sonhos, tornou-a uma face triste no meio de uma multidão sem rostos. Ela está sempre distante de tudo e de todos.

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Metendo o bedelho onde foi chamado.