30 de junho de 2011

É brincadeira?

É como se eu tivesse descoberto tuas peças uma a uma e de repente, depois de te montar inteiro, você se desmontasse gradativamente diante de meus olhos. As impressões vão se tornando cada vez mais claras, e enfim eu consigo te enxergar como você é. Você gosta de brincar, eu te “dou corda”. Deixo você pintar o sete e até bordar o oito, e assim você vai se enrolando, achando que é o dono da situação, até que eu venho e te imponho um limite.

Mal acostumado, você faz birra, enquanto eu não dou um passo atrás na minha decisão. Acontece que sem as suas máscaras e sem a minha idealização nada me resta de você, então, sinto lhe informar, seu tempo de “reinar” acabou.


27 de junho de 2011

Do que é desnecessário

Deixa eu te entender, meu bem. Você surge do nada nessa minha vida já conturbada, invade meu mundo, não pede licença e entra... Vai se acomodando nos espaços vazios, marcando território, quebrando meus domínios e depois se vai assim, com um mero “até logo, foi bom até aqui!”. Mas veja bem, meu bem... Eu não pedi pra você chegar, eu na verdade nunca nem cogitei que isso fosse acontecer. Que maldade a sua! Roubar-me a solidão sem me oferecer companhia em troca! Nietzsche te diria “foi desnecessário”. Me deixasse aqui, no meu mundo, com meu amor mal resolvido, não correspondido, sofrível, mas com o qual eu já estava acostumada. Pra que me acrescentar mais um sentimento vão? Tão igual aos demais, tão sem por que, sem pra que, sem pra onde... Não, meu bem! Eu não precisava disso. Vai-te em paz, e vê se “deixa em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa. E qualquer desatenção, faça não. Pode ser a gota d’água…”.


Você me prende, me envolve, me emaranha em beijos intermináveis e depois se vai. Você me assusta, por que é livre demais, e pior, me deixa voar.

Livres, um pro outro

Por Hugo Dalmon

É
como se ninguém percebesse tudo isso que sinto. Aí, como quem não quer nada eu tento comentar na mesa do jantar ou na mesa da cantina da faculdade (com pessoas competentes, com boa capacidade cognitiva nos estudos), e então percebo que ninguém realmente percebe, ninguém consegue compreender. Eles se apegam aos romances (crônicos) da TV. Aí, eu desisto de tentar exteriorizar tudo o que sinto e procuro sempre por quem realmente me importa e me ouça com atenção. E mesmo que esteja, às vezes, distante por motivos diversos, uma hora ou outra acaba me ouvindo, sentindo ou vendo tudo o que eu mostro o tempo todo.
Eu mando sinais pra todos só para que você me veja, mas tem dias que o sinal sinaliza pra cima e você vai pra baixo (tipo a Preta Gil com seus sinais de fogo, mas acaba se perdendo na Lapa enquanto o outro [ou outra, né? Porque se tratando de Preta Gil vai saber...] está na Guanabara), mas não me importo e continuo enviando sinais, porque sei que como na cama quem está por cima é como quem está por baixo, não importa como aconteça, acontece! E ninguém consegue perceber.

Das marcas

Vai ficar tudo bem, você me disse. Eu sempre quero acreditar nisso, mas as coisas estão muito embaralhadas dentro de mim. Já se passaram nove meses, então tenho que aceitar que chegou a hora de “dar a luz”, de trazer à luz tudo que estava oculto, tudo que era escuridão. Ei moça, você está preparada pra isso? Você perguntou, me deixando nervosa. Eu não sei de nada, sabe? Só sei que não desprezo tudo o que vivi, e não rejeito o que pode vir de hoje em diante. Eu quero dormir um sono de paz, eu quero acordar com uma razão maior que simplesmente aumentar meus dias na terra. Eu precisava demais de sua sinceridade, mas ela me cortou como uma lâmina afiada, e sabe de uma coisa? Essa dor ninguém me tira. Vou amaciá-la até que vire uma marca, uma cicatriz que terá um nome: o seu.

26 de junho de 2011

Do que não faz sentido

Nada faz sentido. Parece que mais uma vez eu fiz a escolha errada, e estou pagando por ela. É no cotidiano que percebo: está tudo muito vazio. Não há correspondência, não há mutualidade, eu estou mesmo mais sozinha do que nunca. Iludi-me ao supor que precisava arriscar, errei ao pensar que fazia o certo. Aqueles prazeres momentâneos eram sufocados logo após por sentimentos de morte e apatia com os quais eu nunca soube lidar. Então, volto pra casa num misto de sentimentos que só me motivam a me fechar, me resguardar do mundo, de tudo. A solidão e a incerteza vieram me abraçar, e eu pareço até gostar das companhias.

Carolina

Ela nunca conheceu alguém igual. Tanta doçura assim lhe causava até estranhamento, e a educação da menina era para ela um verdadeiro exemplo. Carolina tornou-se o melhor nome, o mais desejável, a convocação de momentos que a ela ia guardar pro resto da vida. E guardou. As maluquices da menina linda, suave, educada e doce são para ela a melhor lembrança de sua infância, de sua adolescência, da chegada da juventude e... Hoje é uma grande saudade. Passeiam por sua memória as aulas de jazz, dança latina e teatro. Os micos cometidos por pura amizade! Os almoços, os sábados, os domingos, as semanas e semanas compartilhadas e gastadas entre os estudos, as paqueras, as promessas, as confissões e aquele velho sonho de eternidade. Carolina ainda é o nome mais doce, e hoje ela sonha o reencontro com a alma que mais lhe tocou a vida toda.

9 de junho de 2011

Da sensibilidade à flor da pele

Aquelas mãos pareciam ter vontade própria. Movimentavam-se e passeavam por lugares até então proibidos, ou quem sabe, de difícil acesso. Cada toque aflorava uma nova sensibilidade adormecida, incendiava o que até ali, de tão frio, parecia morto. Arrepiava, fazia transpirar. Aquele fervor foi capaz de levá-la ao céu, e tão subitamente, jogá-la no inferno.

Paciência, coração!

Não tente me convencer a desistir. Sabe há quanto tempo meu coração esperava sentir isso novamente? Eu sei o preço que terei que pagar, sim, eu sei que posso amargar dias de dor por sua causa, mas eu estou tão disposta a ir até o fim! Criei o hábito de te perseguir discretamente, ainda que de forma superficial, via redes sociais (elas têm me ajudado a matar um pouco da saudade de te ver). Mas sabe o que eu tenho? O gosto dos seus beijos, o toque de suas mãos, e aquele seu sorriso lindo que nunca mais vou esquecer, e que pode apostar, terei de novo, terei pra sempre.

6 de junho de 2011

Da renúncia necessária

Olha pra frente menina, esquece dos erros cometidos, das palavras que não deveriam ter sido ditas, das decisões precipitadas. Não te faz bem nutrir esse gosto de angustia que aguça teu paladar e te embrulha o estomago. Tudo isso é muito ácido, corrosível, te destrói. Siga sua vida, não faz bem ficar olhando pra trás. E se adiante nada fizer muito sentido, ou você estiver cega o suficiente para não ver que o novo sempre vem, então sossega a alma, respira calma, se permita viver somente, abra as mãos, solta tudo isso de uma vez, deixa ir, deixa sumir, deixa escorrer pelo teu rosto esse liquido agridoce até que seque, limpe seus olhos e você enfim enxergue além.


“me lava a alma, me leve embora”

4 de junho de 2011

Do que pode me salvar

Sabe, diz o ditado que Deus escreve certo por linhas tortas. Pura imbecilidade. Deus escreve certo por linhas CERTAS. Nós é que somos míopes e não enxergamos direito o que ele está escrevendo.

Não consigo entender por que fui conhecer as pessoas mais especiais de Imperatriz justamente quando eu estava já indo embora.

Explicando. Por exemplo, por que ele me deu a sua amizade para meses depois me trazer de volta. Por que se saudade dói, dói mais ainda a saudade de algo que não vivi.

Mas ler seu e-mail foi colocar um óculos para que eu pudesse finalmente entender o que Deus escreveu: através de pessoas como você Ele me lembrou que é fiel, que jamais vai me mandar para uma terra sem me amparar, que conhece o meu coração e que me ama.

Prís, pra mim, a sua amizade é muito preciosa, pois é um sinal nítido do amor de Deus comigo! (e você sabe que detesto espiritualizar as coisas, rs).

Amo você e daqui de longe saiba que está sempre perto e eu também, por que o que nos ligou é indissociável.


Bjo de quem te admira pakas!!!
Anneca

De quando a gente sonha acordado

E sabe quando você fecha os olhos e cenas de outro tempo rondam sua mente e te levam pra outro lugar, pra outras pessoas, e vem aquele cheiro, e alguma musica te faz chorar com as lembranças de algo que não existe mais? Ou pelo menos, não mais como era há tempos atrás?

Então vem, meu menino! Senta aqui e me conta do seu dia com aquele brilho nos olhos que invade minha alma e me enche de paz. Sossega nos meus braços enquanto eu canto no seu ouvido canções de amor à Deus, enquanto a gente faz uma prece e pede um tempo a mais. Me fala dos seus sonhos, da vontade de crescer, do que te entristeceu, do que te fez sorrir, enquanto eu cheiro teus lindos cabelos negros, passeio as mãos entre eles e te faço dormir.

Venha, antes que eu acorde desse sonho e perceba que você não esta aqui, que você mudou, que você cresceu, que não está ao alcance de meus braços.

Do que não sai de mim

Eu sou obrigada a conviver com sua falta, olhar para o lado e nunca te ver, colecionar calendários cruéis que me dizem o quanto o tempo pode ser carrasco, o quanto os dias correm soltos e as horas, nos maltratam com a certeza de que a cada segundo, nos distanciamos mais? Eu tenho que me contentar com as lembranças, as fotografias, os telefonemas raros, a incompatibilidade que parece criar vida a cada dia e parece dizer que não temos mais a velha conexão, a troca de olhares, o silêncio falante?

Sabe anjo meu, eu tenho essa saudade cortante, que de tão grande tornou-se palpável, e malvada, roubou seu lugar. Eu tenho esse desejo enorme de te reencontrar, falar como foi todo esse tempo em que estivemos distante, contar dos meus dias, das burradas que fiz por que não tinha você do lado, pra me dar aquele toque de sabedoria tão incomum a alguém da sua idade. Eu tenho esse abraço apertado esperando por seus braços, e a gente ia ficar assim, por horas, sem nenhum constrangimento por que isso nunca existiu entre a gente, e sabe, eu tenho esse amor crescente no peito, que parece não mais caber em mim, que parece clamar para chegar a você, por que é todo seu.

3 de junho de 2011

De um dia após o outro

Ontem eu pensei que não mais existir era uma boa saída, hoje com mais serenidade percebi que isso nada mudaria, eu não deixaria de existir de forma alguma, eu faço parte da vida de um bocado de gente, gente que não merecia sofrer por conta de uma puta sacanagem minha.
Hoje eu me lembrei de mim, de meus velhos sonhos, dos planos, que embora estejam embaraçados, difíceis, quase impossíveis, ainda são meus, e eu não tenho por que abrir mão deles.
Hoje eu decidi ficar aqui até quando Deus quiser, então volto às suas mãos, onde pretendo descansar, ter paz, e agora já respiro aliviada.

Um novo adeus

Das músicas que me fazem bem...
Passo os dias e olho sempre minha janela, então eu conto cada hora pra que você volte aqui. Enquanto isso eu aceito a minha sentença e peço a Deus que venha e ajude a me recompor.

Aqui dentro tudo está do jeito que você deixou, o mesmo jeito que me ensinou a te esperar, mas minha vida corre com tanta pressa lá fora, fotos na sala retratam toda a sua ausência. E quando ouço o barulho da porta, eu sinto a casa iluminar...

Vem me abraçar depressa nesse doce reencontro, sente aqui bem ao meu lado e conte uma história que logo chega um novo adeus!

Guilherme Sá

De costas para o mar

Das músicas que me fazem bem...

Demorei pra pousar, tenta imaginar alguém que um dia deu um passo além do seu limite. Pra essa pedra rolar, vira a página, vai ver o bem que faz quando é você que se permite alcançar o que ninguém pode tocar daqui, se entregar e o dia vem pra nos deixar bem, pois estamos juntos! Cansei de rodar como eu não te vi, difícil acreditar que eu tô acordado! Me traz de volta, faz parte de mim e onde quer que eu vá vem sempre ao meu lado. Vou ficar de costas para o mar pra ver se ele me leva pra perto de você. Vou tentar pensar em ti e talvez perder o que me deixa tão longe de você...


Rodolfo Abrantes

A voz que não se cala

Eu tenho isso aqui comigo, uma voz insistente me dizendo palavras de vida, me livrando de mim mesma, me guardando da morte. Ela sussura que me ama, que nunca vai me abandonar. As vezes eu tenho medo dessa voz por que ela me constrange, me diz que estou num caminho errado e me da uma nova direção, que eu insistente, não aceito. Mas a voz permanece, ela diz que não me esquece, que vai ficar aqui, que vai gritar se for preciso, mas não vai me deixar ir.

"Ouço a voz do vento a chamar pelo meu nome..."

2 de junho de 2011

Do que podia me fazer feliz


Eu hoje queria ter tido uma boa noticia, eu queria ter acordado bem, eu queria que o dia tivesse corrido em paz, eu hoje queria ter sido um pouco feliz. É pedir demais?

Eu queria a Gabriela dançando e cantando aquelas musicas bizarras, o João Pedro com toda sua chatice me enchendo a paciência, me desafiando, me fazendo rir de suas histórias... Eu queria o Uriel tocando violão com todo aquele charme, o Taygo me abraçando carinhoso e as vezes, caçando conversa comigo, o Filho cantando hinos com o Léo, a Alyne falando dos paqueras e a Hanna, super sem dialogo, fazendo aqueles barulhos estranhos que ela chama de comunicação. Eu queria meu Lucas tão perto, tão lindo, deitado naquela rede da varanda da mãe Diziza comigo enquanto a gente ia escutando o mp3 do Haniel, com todo seu ecletismo sonoro e sorrindo de segredos contados ao pé do ouvido, a Amandinha dengosa esperando o próximo a dar carinho. Eu queria o João e o Vitinho chegando com seus esquemas que sempre nos rendem boas histórias... Eu queria a Nayra chegando de surpresa com a Hanninha e o Leonel no meio de tudo isso e tornando meu dia feliz, como jamais poderia ser em outro lugar. Hoje eu queria me encontrar, e não haveria forma melhor do que nestas companhias.

Perto, longe, onde for...

Quando perto, nunca é bastante, jamais o suficiente para enjoar. Quando fala, traz as respostas que busco, e quando cala, o silencio se torna uma conversa de almas, bem mais densa e sincera que as tantas palavras que jogamos ao vento. Quando os olhares se encontram, a descoberta do que há, do que houve, do que pode acontecer num breve piscar. É disso que eu preciso quando me sinto só, é tudo que eu preciso para aliviar a mente e acreditar que amanhã pode ser um dia bom, por que quando longe, pode até não matar, mas sufoca!

1 de junho de 2011

Se nada der certo,

eu vou arrumar minhas malas com as poucas coisas que tenho, vou procurar novos ares para quem sabe, respirar, já que por aqui ando cada dia mais sufocada. Eu sinto que não vou sobreviver se ficar. Essa ardência no peito precisa passar e esse nó na garganta já deu o que tinha que dar, sabe? Que ninguém me julgue, ou diga que sou radical, que não subestimem minha dor por que ela é forte como a morte, e dura como a sepultura. E pensar que a minha fé e o meu amor já tiveram o mesmo peso!

Nota de Balanceamento

Por Hugo Dalmon, em "Espaço Zero"
"Ajustando valores... Porque é mais que necessário!" (Priscila Gama)
Link

Seres humanos são imperfeitos e é assim que conseguem aprender, errando! Afinal, talvez, rir do que nos faz mais humanos pode aliviar a dor da imperfeição. E por isso, talvez cometer erros e se sentir mal seja algo errado, reconhecer o erro é bom, mas se martirizar por ser humano... acho que não são as pessoas nos apontando que nos deve servir de parâmetro para concluírmos se houve ou não um erro, mas sim o reconhecimento e a retratação diante aos nossos erros, mais importante ainda é que seja verdadeiramente interior este reconhecimento e retratação e então as opiniões alheias já passam a não fazer mais sentido. E podemos descansar em paz aguardando até que o próximo erro seja cometido, nos reafirme como seres humanos e nos engrandeça espiritualmente quando aprendermos com ele. E só espero perdão de tudo que já fiz de errado. E se cometi erros sem perceber, fale comigo que eu peço perdão, mas se já não faz mais sentido me contar sobre tal erro, me perdoe desde então...